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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ditadores pseudo-democráticos

A lei nos diz que o Brasil é uma democracia. O Brasil todo, não. Pelo menos no Rio de Janeiro, a democracia parece não ter chegado. Por causa dessa irresponsabilidade chamada "copa do mundo de futebol", o governador Sérgio Cabral Filho e o prefeito Eduardo Paes e seus aliados políticos, passam por cima dos interesses da população sem medir consequências e respeitar seus direitos. 

Para eles, tudo é decidido por cima, na marra. São capazes até mesmo de atropelar a Constituição Federal, a lei máxima do país, que protege muitos direitos da população, para satisfazer os interesses particulares da cúpula governamental do Estado.

Muitos episódios mostram a truculência dessa dupla que se acha dona da verdade, conhecedora dos segredos mundiais e por isso, pensa que pode decidir tudo sem consultar o interesses daqueles que os colocaram no poder.

Pra começar, para as obras da copa, passavam por cima de tudo, residências, reservas florestais, monumentos históricos, entre outras as coisas. Impuseram que mais de 45 empresas de ônibus usassem uma mesma pintura, confundindo usuários e favorecendo a crescente redução de qualidade do transporte carioca, visivelmente observada na má conservação da frota e nos já rotineiros acidentes que nunca param de acontecer.

Mas o cúmulo aconteceu durante as obras de reforma do Maracanã (já foi um erro optar por reformá-lo, ao invés de construir um Estádio totalmente novo, como fizeram em Salvador, com menos custos e mais rapidez), já que uma escola, uma instituição indígena e até mesmo o anexo poliesportivo Célio de Barros serão derrubados para a ampliação do estacionamento. Estacionamento? Isso não estimula a utilização de automóveis? Que projeto de mobilidade urbana é esse?

Argumentam os irresponsáveis que isso tudo faz parte das exigências da FIFA. Mas no caso da escola e da instituição indígena isso não procede. A FIFA incluiu em suas exigências a manutenção de escolas e de instituições compromissadas coma preservação cultural da sociedade, o que inclui a Casa do Índio. Mas as autoridades fecharam seus ouvidos e mantém a derrubada, como mulas que se recusam a sair do lugar.

Resta saber que legado é esse que ficará após a copa, se explicitamente as autoridades observam essa copa (e também  a olimpíada) como fins únicos, ignorando tudo que passa longe de tais eventos. Dá para perceber que teremos ruínas em 2017, como fizeram com o PAN que aconteceu anos atrás no RJ.

E como a corda arrebenta para o lado do mais fraco, quem sairá perdendo é a população. Como sempre acontece, todos os anos.