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terça-feira, 8 de março de 2016

Piso baixo da Brasília é totalmente incendiado

Um dos cinco únicos carros de piso baixo da Auto Ônibus Brasília foi totalmente incinerado por bandidos que disputavam o domínio do bairro de Engenhoca, um dos mais violentos da cidade. O incêndio provocou falta de luz na área e até o fechamento desta postagem, o bairro continuava seguindo sem luz.

Não se sabe o que a Brasília irá fazer. A empresa, que se encontra em dificuldades financeiras, possuindo a frota mais antiga da cidade e sem renovar a frota municipal desde 2011, terá que satisfazer a uma exigência da prefeitura, que define uma quantidade mínima de 20% da frota com piso baixo. Como o carro foi totalmente incinerado, ele está impossibilitado de ser recuperado.

Esperamos que tudo esteja bem, que a empresa se recupere, que venha um novo piso baixo (mesmo que seja de segunda mão) e mais ainda que esta onda de violência acabe de uma vez. estamos no seculo XXI e não no tempo dos bárbaros.


quinta-feira, 3 de março de 2016

Transportes pioraram quando o Poder Público resolveu administrá-lo

Desde que o Rio de Janeiro decidiu não apenas fiscalizar, mas controlar o transporte, gerando um modismo epidêmico que contagiou todo o país, com o pretexto de "oferecer transporte de qualidade aos turistas que viriam para assistir a copa de futebol", o transporte tem passado por uma séria piora. Nem a exigência de ar condicionado e configurações avançadas serviram para melhorar o sistema, representando mais um consolo do que um item de melhoria.

Na verdade, tudo começou quando os sistemas de transportes começaram a ser administrados pelo poder público. Antes, como sistema de concessão, o poder público se limitava a:

- Criar linhas e itinerários;
- Estabelecer as características das operações das linhas que foram criadas;
- Fiscalizar se as exigências estão sendo cumpridas.

Eram essas as atribuições do poder público. Ao poder privado, cabia controlar as empresas, operar as linhas e oferecer meios para o cumprimento das exigências estabelecidas.

Mas desde 2010 (e há mais de 40 anos começando em Curitiba e adotado em algumas outras cidades brasileiras), os sistemas de transporte passaram para o controle do poder público por meio da criação de consórcios. Oficialmente continua o sistema de concessão, mas na prática se nota que o sistema mudou completamente. 

É uma espécie de "encampação", onde as empresas continuam pertencendo ao poder privado que tem a responsabilidade de sustentar financeiramente os sistemas. As empresas passam a ser reunidas naquilo que se conhece como "consórcios", que na verdade são espécies de empresas públicas que dão a oportunidade do estado poder controlar o transporte.

Falta de competência para administrar transportes

Gestões públicas tem demonstrado em experiências anteriores que não sabe administrar transportes. Era melhor que se limitasse a fiscalizá-lo. E não se trata de administração boa ou ruim: não é responsabilidade do estado administrar sistemas de transporte. O estado já possui atributos demais e tentar administrar o transporte só ajuda a desviar o foco e ocupar tempo.

Os transportes que são controlados pelo estado são caracterizados pela chamada "padronização visual", onde a identidade das empresas é propositadamente negligenciada e as pinturas na verdade servem para identificar as gestões públicas que as administram. Para deixar claro que é o poder público que controla, os nomes das empresas são omitido ou colocados em letra ilegíveis enquanto logos de prefeituras e de nomes de sistemas são colocados em letras gigantes para que as pessoas esqueçam as empresas e recorram ao poder público, o "novo dono" do sistema de transportes.

As empresas públicas sempre acabaram mal gerenciadas. Mesmo com ônibus em configurações mais avançadas, as empresas públicas sofriam com problemas de manutenção e tinham renovação de frota lenta. Suas linhas possuíam carros a menos do que deveriam e a operação deixava a desejar. No fim da existência dessas empresas as dificuldades de administração eram evidentes e várias contraiam dívidas e se estabilizavam em crises intermináveis.

E o poder público, o mesmo que demonstrou incapacidade de controlar as suas empresas, agora quer controlar as empresas dos outros por meio de consórcios. Os empresários, cientes de que não mandam mais em suas empresas, resolveram "sabotar" o sistema, relaxando na manutenção da frota, que a cada dia que passa se torna mais acabada. Se o poder púbico é o novo dono, ele é que faça a manutenção das frotas.

Não sabemos quando isso irá acabar. Surgido em Curitiba há mais de 40 anos, mas vendido para o resto do país como uma novidade futurista, o novo tipo de gestão de transporte tem demonstrado muitas falhas, irritando usuários do país todo. Até porque o poder público desconhece completamente o transporte que opera. 

Pelo menos os donos das empresas operadoras conheciam a rotina de operação dos sistemas, coisa que prefeitos e secretários de transporte, que nunca andam de ônibus, desconhecem completamente.